quinta-feira, 22 de março de 2012

O comércio da Fé

Saiba como o dirigente evangélico Valdemiro Santiago desvia dinheiro doado pelos fiéis para enriquecimento pessoal. Documentos obtidos pelo Domingo Espetacular, da Rede Record, comprovam que o apóstolo comprou várias fazendas no Pantanal (MT) com dinheiro da igreja. São terras de perder de vista e milhares de cabeças de gado, pista de pouso e mansão com piscina.
São fazendas riquíssimas encravadas no coração do Pantanal. Elas foram compradas com dinheiro dos fiéis da Igreja Mundial do Poder de Deus. O dono delas é o homem que se intitula apóstolo e presidente da igreja.
Segundo a Justiça, a Igreja Mundial tem dezenas de templos ameaçados de fechar por ordens de despejo. Ao mesmo tempo, o apóstolo Santiago fica cada vez mais rico.

Foi no município de Santo Antônio de Leverger, em Mato Grosso, que o apóstolo Valdemiro virou dono de várias fazendas, uma ao lado da outra. Juntas, elas formam uma imensa propriedade, de dar inveja aos homens mais ricos do país. São mais de 26 mil hectares, o equivalente a 13,4 mil estádios do Maracanã.
Somando tudo, gado, terras e benfeitorias, o investimento total de Valdemiro chega a R$ 50 milhões em dinheiro vivo, mais do que a maioria dos prêmios da Mega-Sena acumulada.

O Ministério Público Federal apresentou uma denúncia contra o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e mais três dirigentes sob acusação de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, falsidade ideológica e estelionato contra fiéis para a obtenção de recursos para a igreja. A assessoria de imprensa da Justiça Federal em São Paulo informou que ainda não houve uma decisão sobre o recebimento da denúncia.
A assessoria de imprensa da Universal afirmou que os advogados ainda não tiveram acesso à denúncia. "Não podemos nos pronunciar sobre uma coisa que não temos conhecimento. Mas tudo indica, pelo que a mídia está veiculando, que se tratam das mesmas acusações de sempre contra os dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus, que sempre se mostraram inverídicas”, disse, em nota.
Os três dirigentes denunciados são o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa. De acordo com o Ministério Público Federal, eles formaram uma quadrilha para lavar dinheiro da igreja, remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de câmbio paulista, entre 1999 e 2005.

Segundo a denúncia do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, o dinheiro era obtido por meio de estelionato contra fiéis da Igreja Universal, por meio do “oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela Igreja”.
Os quatro também são acusados do crime de falsidade ideológica. Segundo o MPF, eles inseriram nos contratos sociais de empresas do grupo da Igreja composições societárias diferentes das verdadeiras. O objetivo dessa prática, segundo a denúncia, era ocultar a real proprietária de diversos empreendimentos.

O procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira encaminhou cópia da denúncia à área cível da Procuradoria da República em São Paulo, solicitando que seja analisada a possibilidade de cassação da imunidade tributária da Igreja Universal do Reino de Deus.
Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo são acusados pelo Ministério Público de São Paulo de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. Essas acusações já renderam um pedido de prisão preventiva, o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário dos fundadores da igreja: Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes.
Foragidos desde o final de novembro de 2006, os dois conseguiram uma liminar revogando o pedido de prisão preventiva no final de dezembro. Por conta da liminar, conseguiram embarcar para os Estados Unidos nesta segunda-feira, mas foram presos por declarar falsamente que não carregavam mais de US$ 10 mil --quando portavam US$ 56 mil.
Em outubro, o Ministério Público havia apresentado denúncia à Justiça contra Estevam Filho, Sonia Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno, que supostamente montaram uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Segundo levantamento do Ministério, a igreja e as empresas relacionadas ao grupo religioso responderiam por mais de 100 processos --a maioria trabalhista-- nas Justiças de São Paulo e Brasília. Por conta dessas acusações, o órgão chegou a pedir o fechamento dos mais 1.500 templos da igreja.
Outra denúncia, feita em setembro do mesmo ano, acusou o casal de fundadores por estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Na acusação, o Ministério afirma que o dinheiro arrecadado na coleta dos "dízimos" dos fiéis seria usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes.
Por conta dessa denúncia, a 1º Vara Criminal de São Paulo determinou o bloqueio dos bens e contas bancárias dos fundadores e das empresas do grupo religioso, em que circularam cerca de R$ 46 milhões entre os anos de 2000 e 2003, de acordo com informações do Ministério Público.

Obs;Era tanta consideração com a religião,que o apostolo Hernandes escondia dolares até dentro da biblía.

Nota do Blogueiro;
Infelizmente a religião virou um comércio bem lucrativo no nosso pais,para a maioria das religiões.
Não se iluda achando que a fé econômicamente viavél,se restringe a apenas essas igrejas não.

Fonte;
Hoje em Dia
G1
Folha de SP

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