sábado, 15 de outubro de 2011

Biopirataria

A biopirataria é a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização internacional de recursos biológicos que contrariam as normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.

As informações de um grupo de indivíduos acumuladas por anos, portanto, são bens coletivos; e não simplesmente mercadorias podem ser comercializadas como qualquer objeto de mercado.
Nos últimos anos, graças ao avanço da biotecnologia e à facilidade de se registrar marcas e patentes em âmbito internacional, as possibilidades de tal exploração se multiplicaram.

Biopirataria no Brasil começou logo após o descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500, quando estes se apropriaram das técnicas de extração do pigmento vermelho do Pau Brasil, dominadas pelos índios, explorando o Pau Brasil, causando o risco de sua extinção.
Outro caso de biopirataria, foi o contrabando de 70.000 sementes da árvore de seringueira, Hevea brasiliensis, da região de Santarém no Pará no ano de 1876, pelo inglês Henry Wickham. As sementes foram contrabandeadas para o Royal Botanic Garden, em Londres e daí, após seleção genética, levadas para a Malásia, África e outras destinações tropicais. Após algumas décadas a Malásia passou a ser o principal exportador mundial de látex, prejudicando economicamente o Brasil.
O ladrão ainda foi considerado heroi no Reino Unido e a Rainha Victoria concedeu-lhe um título de nobreza,Pelo trabalho.O termo biopirataria não refere-se apenas ao contrabando de diversas espécies naturais da flora e da fauna, mas principalmente, à apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no âmbito do uso dos recursos naturais. Estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos.
A biopirataria prejudica a Amazônia. Causa risco de extinção a inúmeras espécies da fauna e da flora, com o contrabando das mesmas retirando-as de seu habitat natural.

Os biopiratas geralmente se fazem passar por turistas ou por cientistas, todos documentados portando passaporte e em alguns casos, aval governamental, porém com intenções bem definidas, como a exploração e o tráfico de mudas, sementes, insetos, e toda a sorte de interesses em nossa farta biodiversidade, sempre se aproveitando da inocência e da carência social e econômica de nossa gente.

Dos animais silvestres comercializados no Brasil, estima-se que 30% sejam exportados. O principal fluxo de comércio ilegal nacional dirige-se da região Norte para a região Sudeste, precisamente o eixo Rio - São Paulo. Grande parte da fauna silvestre é contrabandeada diretamente para países vizinhos, através das fronteiras fluviais e secas. Destes países fronteiriços seguem para países do primeiro mundo.
Em todo negócio clandestino, é difícil estabelecer cifras precisas, mas sabe-se que o tráfico internacional de animais silvestres só perde, em faturamento, para o de drogas e de armas.O comércio ilegal de animais silvestres movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano em todo o mundo.
80% dos animais morrem antes de chegar ao "consumidor final"
95% do comércio de animais silvestres brasileiros é ilegal.

Empresas que já registraram patentes de flora alheia(roubo)como; Espinheira Santa(Maytenus ilicifolia),Jaborandi(Pilocarpus pennatifolius),Copaíba(Copaifera sp),Andiroba(Carapa guianensis),Açaí(Euterpe oleracea )e Veneno da jararaca(Bothrops jararaca)

A empresa inglesa de cosméticos Body Shop.
A empresa japonesa Nippon Mektron.
A indústria farmacêutica alemã Merk.
A empresa norte-americana Aveda.
A empresa francesa Technico-flor.
A empresa francesa Yves Roches.
A empresa japonesa Masaru Morita.

Fonte;
Wikipédia

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