domingo, 28 de novembro de 2010

EUA ordenaram espionagem na cúpula da ONU


Cerca de 250 mil documentos secretos obtidos pelo site Wikileaks e divulgados neste domingo indicam que os Estados Unidos ordenaram espionagem a respeito de diversos altos funcionários da ONU - incluindo o seu secretário-geral, Ban Ki-moon.

Os dados têm como base comunicações feitas entre embaixadas dos Estados Unidos em todo o mundo. As informações mais recentes obtidas pelo Wikileaks - especializado na publicação de documentos confidenciais - são de fevereiro deste ano.
Um comunicado assinado pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e enviado a diplomatas americanos em julho de 2009 pede "dados biométricos detalhados" e informações técnicas - como senhas usadas em comunicações privadas - de altos integrantes da ONU.
Entre as autoridades visadas, estavam o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e os representantes permanentes de Grã-Bretanha, França, Rússia e China no Conselho de Segurança.

Os documentos também reforçam o medo dos Estados Unidos de que o Paraguai reúna agentes iranianos e militantes islâmicos. A tese é corrente desde os atentados de 11 de setembro de 2001, principalmente em relação à "tríplice fronteira" entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Entre as informações que constam dos documentos, também estão a pressão de líderes árabes - como o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz - para que os Estados Unidos bombardeassem o Irã, além de esforços clandestinos do governo americano em atacar a rede Al-Qaeda no Iêmen.

O governo dos Estados Unidos criticou o site Wikileaks pela divulgação dos dados.
"O presidente (Barack) Obama apoia um governo responsável e aberto tanto internamente quanto ao redor do mundo, mas esta ação descuidada e perigosa vai contra este objetivo", disse um comunicado da Casa Branca.

"Nós condenamos nos termos mais fortes a divulgação não-autorizada de documentos confidenciais e informações sensíveis da segurança nacional", afirma a nota.

Para o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, o governo dos Estados Unidos tem medo de prestar esclarecimentos em relação aos documentos que foram vazados.

Fonte;
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/11/101128_wikileaks_vazamento_rp.shtml

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