domingo, 22 de agosto de 2010

Guerra de Canudos


A Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos, também conhecida como Guerra dos Canudos em certas regiões do sertão baiano, foi o confronto entre o Exército Brasileiro e integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.
O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social pela qual passava a região à época, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico. Milhares de sertanejos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século XVIII nos arredores da Fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.

Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano, reinstalando a Monarquia. Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos. Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, inclusive uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, conhecido como "corta-cabeças" por ter mandado executar mais de cem pessoas a sangue frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina. A derrota das tropas do Exército pelos canudenses nestas primeiras expedições apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as 5.200 casas do arraial.

Nota do blogueiro;Infelizmente de maneira histórica,a 2* canudos esta em baixo dágua,ela se localizava onde hoje fica o açude de Cocorobó,de acordo com as palavras de Euclides da Cunha,canudos foi uma "Tróia de barro"
Hoje os governos federais e estaduais não se esforça expressivamente para manter a memoria de canudos vivas,tem até quem diga que a construção do açude sobre canudos não foi com intenções de cunho social,mas para enterra de uma vez por todas um passado de um levante de um povo miséravel,que infelizmente pra eles não conseguiu passar em branco na memoria do povo.um exemplo claro desse "esquecimento governamental"é, tinham um lugar muito mais viavél de construir essa barragem, chamada Caipã,de acordo com IBGE em 1991 a população local continuou em péssima condições de vida,tendo como índice 52% da população maior de 15 anos são analfabetos.
As terras ferteis que na época eram usasdos na agricultura pelo povo de canudos ficaram em baixo do açude restando os cascalhos e pedras das atuais margem do açude,pouco promissora á agricultura. como falei antes o que estava importando para o governo não era o cunho social mais o local do açude,tentando apagar uma memoria com a desculpa de "estudos"técnicos do local apropriado para a construção,não tenho a menor duvida caso esse açude fosse construído hoje, não seriam sobre canudos,esse que estariam tombado pelo PHH.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos

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